segunda-feira, abril 28, 2008

Língua e vida


"Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões"
(Caetano)





Quando e como se originou a linguagem já é questão praticamente fora da análise da filosofia da linguagem. Não somente pela impossibilidade de uma resposta satisfatória, mas pela percepção de outros campos de estudo tão ou mais instigantes.

A linguagem, a priori, pode ser confundida com um mero instrumento de comunicação. Mas não. Ela possibilita a abstração, a vida além do mundo físico. Além de nomear o mundo em redor, ela é a responsável pelo devaneio, pelo onírico. O ponto de encontro entre a realidade e o sonho é a linguagem, que faz ambos possíveis.

A capacidade de expressão com o mínimo de discrepância entre o que se pretende e o que se consegue, e nisso está também incluso o que se pretende dizer por entrelinhas, é também condição para que se compreenda tanto o mundo como a si próprio.

Por isso leitura e literatura. Pra lapidar ao máximo essa capacidade, aumentando nosso entendimento de mundo, de vida, de tudo.

Mas cuidado que isso traz uma satisfação que não é exatamente sinônimo de felicidade.

6 comentários:

Felipe disse...

Mas cuidado que isso faz você usar palavras como onírico!! :P

Unknown disse...

Hummm...post diferente...gostei. Bom feriadão!!!

Osimar Medeiros disse...

Sabedoria não é necessariamente felicidade. É, antes, conhecimento.

E, por causa de conhecimento e sabedoria, Eva e o marido tomaram um pé no cu, do Éden.

:)

Beijuca, linda.

Unknown disse...

Passando para desejar uma boa semana!

Mila disse...

Tarde demais pra mim..
A satisfação já é minha felicidade.
Deixe assim.

Belas palavras, belo blog.

Te achei por aí!

um abraço!

Unknown disse...

Ei, tá sumida!? Aparece... Bom feriadão!