Ela usava um anel de borboleta e parecia estar feliz. Pelos olhos, pelo sorriso que parecia tentar esconder. Até mesmo pelos movimentos, tão seguros, tão leves. Eu a observava já há muito tempo quando ela percebeu. Tentei desviar o olhar, mas já era tarde. Viu que eu olhava e não me negou um sorriso. Um sorriso primeiro somente de lábios, depois aberto, inegável. Um sorriso que só faz bem. Dado assim, sem que se pedisse...
Foi tudo tão rápido que só depois, quando não a via mais, é que a reconheci. Ou me reconheci. Refletida num espelho de arranha-céu em pleno centro da cidade.