quarta-feira, janeiro 30, 2008

20 anos blue

“ontem de manhã quando acordei

olhei o mundo e me espantei

eu tenho mais de vinte anos”


Passa tão depressa a vida. Quando me dou conta de que hoje a adulta sou eu, me vem uma estranha sensação de tempo perdido. Muito do futuro que eu tinha em mente anos atrás, sobre o que é hoje o meu presente, é diferente. Não que eu tenha essa paranóia de planejar tudo, pelo contrário. Mas a gente sempre faz algumas projeções. E o mais engraçado é que não sinto que tenha mudado a forma de pensar sobre coisas estruturais da vida. Mudei muito pouco em relação às grandes questões (embora eu não saiba o que isso quer dizer exatamente). O que muda de fato é não poder mais colocar nada na conta da mítica irresponsabilidade juvenil...


*música de Sueli Costa e Victor Martins, na voz de Elis

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Não por acaso

A previsibilidade da vida. O controle dos sentimentos. Sob essas ilusões vivem os personagens Pedro e Ênio. Implacável, o destino não cabe em previsões. Aprender a lidar com o próprio descontrole. Descontrole da dor e do afeto. É essa a temática de Não por acaso, longa de estréia de Philippe Barcinski. O roteiro do filme é bem amarrado e tem o texto muito bom.

O que também vale a pena é a carreira do Barcinski em curtas. O melhor curta que já assisti é dele, A escada. Um filme simples, curtíssimo e que infelizmente não achei disponível na internet. Palíndromo é também muito bom. Todo de trás pra frente. Ou de frente pra trás, vai saber. E tem o Janela Aberta, uma paranóia que tenho certeza todo mundo tem vez ou outra.

E pra não perder o bonde, vale dar uma pesquisada no Porta Curtas. Tem uns curtas bem legais por lá.