Me desculpe a poeira nos móveis,
a falta do pó de café.
Desculpe a ironia excessiva na voz,
o desperdício dos gestos tão bruscos.
Toda a inutilidade em cada palavra.
Desculpe a desordem do corpo,
o cansaço.
A vida sem novidade e toda essa falta de riso.
Desculpe o momento abatido,
a falta de pudor na cara de choro,
o olhar perdido estendido demais.
Me desculpe o que incomoda
e o que não tem razão de ser.
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3 comentários:
ah, tici, des-culpa, pra quê tanto catolicismo nessa vida!?
*ouch*
Eu te desculpo, inclusive porque andamos na mesma sintonia de humor ultimamente. Banzo, deprê, chame como quiser.
Nada que uma boa cabeçada na parede não resolva.
Beijuca.
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