domingo, agosto 05, 2007

A vida é doce

Me desculpe a poeira nos móveis,
a falta do pó de café.
Desculpe a ironia excessiva na voz,
o desperdício dos gestos tão bruscos.

Toda a inutilidade em cada palavra.

Desculpe a desordem do corpo,
o cansaço.
A vida sem novidade e toda essa falta de riso.
Desculpe o momento abatido,
a falta de pudor na cara de choro,
o olhar perdido estendido demais.

Me desculpe o que incomoda
e o que não tem razão de ser.

3 comentários:

Anônimo disse...

ah, tici, des-culpa, pra quê tanto catolicismo nessa vida!?

Anônimo disse...

*ouch*

Anônimo disse...

Eu te desculpo, inclusive porque andamos na mesma sintonia de humor ultimamente. Banzo, deprê, chame como quiser.

Nada que uma boa cabeçada na parede não resolva.

Beijuca.