Em 17 de agosto de 2007, 20 anos sem Drummond.
Meu verso é minha consolação.
Meu verso é minha cachaça. Todo mundo tem sua cachaça.
Drummond
Talvez mais do que nos poemas em si, a poesia seja boa mesmo inundando a vida. E não sei o que seria desse mundo vasto mundo sem Drummond. O que seriam das pedras no caminho, das bruxas soltas nas zonas de luz, do josés, das Itabiras, dos amores que não tenho e desse anjo torto aqui na sombra.
Teu verso é minha cachaça.
quinta-feira, agosto 16, 2007
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4 comentários:
Mais Drummond pra ti. Beijos.
INSTANTE
Uma semente engravidava a tarde.
Era o dia nascendo, em vez da noite
Perdia amor seu hálito covarde,
e a vida, corcel rubro, dava um coice,
mas tão delicioso, que a ferida
no peito transtornado, aceso em festa,
acordava, gravura enlouquecida,
sobre o tempo sem caule, uma promessa.
A manha sempre sempre, e dociastutos
eus caçadores a correr, e as presas
num feliz entregar-se, entre soluços
E que mais, vida eterna, me planejas?
0 que se desatou num só momento
não cabe no infinito, e é fuga e vento.
Aproveitando o ensejo, também soco um Drummond aí.
Hoje é sábado, amanhã domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será.
Versão avacalhada, claro.
Beijuca.
Tici, vai lá na Marina, do Le Bal Masque, e participa do conto coletivo:
http://lebalmasque.blogspot.com/
Acho que vc vai curtir. Beijos.
a minha cachaça adora drummond!
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