quinta-feira, agosto 16, 2007

Farewell

Em 17 de agosto de 2007, 20 anos sem Drummond.

Meu verso é minha consolação.
Meu verso é minha cachaça. Todo mundo tem sua cachaça.
Drummond

Talvez mais do que nos poemas em si, a poesia seja boa mesmo inundando a vida. E não sei o que seria desse mundo vasto mundo sem Drummond. O que seriam das pedras no caminho, das bruxas soltas nas zonas de luz, do josés, das Itabiras, dos amores que não tenho e desse anjo torto aqui na sombra.
Teu verso é minha cachaça.

4 comentários:

Andréa disse...

Mais Drummond pra ti. Beijos.


INSTANTE

Uma semente engravidava a tarde.
Era o dia nascendo, em vez da noite
Perdia amor seu hálito covarde,
e a vida, corcel rubro, dava um coice,

mas tão delicioso, que a ferida
no peito transtornado, aceso em festa,
acordava, gravura enlouquecida,
sobre o tempo sem caule, uma promessa.

A manha sempre sempre, e dociastutos
eus caçadores a correr, e as presas
num feliz entregar-se, entre soluços

E que mais, vida eterna, me planejas?
0 que se desatou num só momento
não cabe no infinito, e é fuga e vento.

Anônimo disse...

Aproveitando o ensejo, também soco um Drummond aí.

Hoje é sábado, amanhã domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será.

Versão avacalhada, claro.

Beijuca.

Andréa disse...

Tici, vai lá na Marina, do Le Bal Masque, e participa do conto coletivo:
http://lebalmasque.blogspot.com/
Acho que vc vai curtir. Beijos.

Anônimo disse...

a minha cachaça adora drummond!